O município possui uma população de 120.160 habitantes que se distribuem no território municipal com uma densidade de 87,57 hab./km². Distando cerca de 105 km de Belo Horizonte, a cidade tem um PIB per capta de R$ 30 mil e seu IDHM é de 0,756 (IBGE 2019). Itabira conta com 27 barragens cadastradas no banco de dados da FEAM. Já o banco de dados da ANM/DNPM lista 33 barragens para o município.
O estado possui também o terceiro maior parque industrial do país e tem como destaques a indústria de mineração, metalúrgica, automobilística, alimentícia, têxtil, construção civil, produtos químicos e minerais não-metálicos.
O município foi incluído como um caso de estudo graças ao elevado número de barragens de mineração e a grande proximidade dessas barragens com a manha urbana.
O sistema de barragens e diques do Pontal é aquele que maior risco oferece à população de Itabira. Em abril de 2019, a Agência Nacional de Mineração suspendeu a DCE do Dique 2 do sistema de barragens de Pontal. Segundo a BBC citando a Agência Nacional de Mineração (Barifouse, 2019), as cinco barragens mais próximas do centro da cidade armazenam 423 milhões de m³ de rejeitos. É um volume equivalente a 33 vezes o que havia na primeira barragem que se rompeu na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.
As principais barragens de Itabira bem como os seus posicionamentos dentro da rede hidrográfica e em relação à área urbanizada estão ilustradas na Fig. 02. Os possíveis fluxos da onda de lama, em caso de rompimento dessas barragens estão apontados na Fig. 03.
Em caso de ruptura de pelo menos seis represas, a onda de lama e rejeitos atingiria parte da malha urbana da cidade (Tab. 07, Fig. 3). Isso deve-se ao fato de que elas estão à montante, na mesma bacia hidrográfica da cidade.
As principais barragens de Itabira (vermelho) bem como os seus posicionamentos dentro da rede hidrográfica e em relação à área urbanizada (negro) estão ilustradas na figura. Em caso de ruptura de pelo menos seis represas, a onda de lama e rejeitos atingiria parte da malha urbana da cidade. Isso deve-se ao fato de que elas estão à montante, na mesma bacia hidrográfica da cidade.